sexta-feira, 4 de março de 2011

Sustentabilidade x Modernização Tecnologica: o desafio do milênio



Após 21 anos de discussão, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamentará a destinação final dos resíduos no país e promete revolucionar a gestão do lixo tecnológico gerado por toda a cadeia está no ar. Em nome do comprometimento com o meio ambiente e da saúde, a Lei Federal de Resíduos estabelece questões importantes, tais como: Incentivo as cooperativas de catadores; planos de resíduos sólidos; educação ambiental; inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos; coleta seletiva.

Em meio a esse cenário, muito se fala sobre tecnologia e sustentabilidade, porém pouco se comenta em relação a como utilizar de forma útil e sustentável os recursos tecnológicos que se modernizam cada vez mais rápido.

É fato que com a avalanche de recursos e atualizações dos produtos, rapidamente aquele celular que você queria tanto há seis meses já não lhe parece mais tão atraente quanto o que foi lançado há algumas semanas, o que é normal, visto que a tendência é a modernização cada vez mais rápida e constante em todas as linhas de produtos, fazendo muitas vezes que algo, relativamente “novo”, tornar-se obsoleto.

Não que seja um algo errôneo querer sempre o que há de mais novo e moderno, pelo contrário, quem não se mantiver atualizado não terá espaço no mercado. Todavia temos que tentar equilibrar nosso possível “desperdício” com ações que promovam a reutilização dos recursos por nós já descartados.

Essa é uma questão que muitas empresas já estão atentas, principalmente do setor de tecnologia. Daí surgiu um uma prática muito utilizada hoje, o denominado “TI Verde”. Essa expressão surgiu a partir da preocupação do setor com o meio ambiente e sustentabilidade. Esse conceito aborda desde o consumo eficiente de energia até aspectos como o impacto da cadeia produtiva, o uso e reuso dos recursos naturais, a reciclagem de equipamentos e a destinação final de resíduos, fatores expostos e devidamente inseridos na nova lei já citada.

Citamos como exemplo de incorporação do conceito “TI Verde” às políticas da AOC que, além de ter lançado uma linha de “Produtos Verdes” com o intuito de reduzir os impactos ambientais. Sua linha de monitores LED possui a certificação EPEAT, selo que garante a redução em impactos ambientais e menor consumo de energia (40% menor do que os monitores comuns). Além disso, a AOC sugere que seus consumidores interessados em reciclar, entrem em contato por telefone ou e-mail com o SAC a fim de obterem mais informações sobre o descarte ambientalmente adequado.

A EPSON também se destaca por sua política de sustentabilidade, onde o compromisso é oferecer produtos com impacto mínimo no meio ambiente. A empresa estuda e emprega rigorosos controles de qualidade visando reduzir o impacto de seus produtos no meio ambiente durante todas as etapas do ciclo de vida do produto: desde sua fabricação até sua recuperação e reciclagem no final de vida útil, por exemplo, as embalagens dos equipamentos são produzidas com poliestireno, o que as torna menores em comparação as mesmas sem este material, gerando uma diminuição de custo, tanto para estocagem e logística, quanto a materiais a serem consumidos para sua produção. (se as caixas ficam menores, cabem mais em um mesmo espaço).

As formas de ações sustentáveis não se limitam só a produção e distribuição de equipamentos. A maioria das empresas possuem políticas sustentáveis que são exercidas entre seus funcionários, que são muitos simples: desligar o monitor ao sair da mesa, aproveitar os dois lados de uma folha pra fazer impressão, entre diversas outras atitudes quem impactam diretamente com o consumo de energia e de materiais. Mais do que a imagem de responsabilidade ambiental, a empresa também diminui seus custos, algumas alcançam uma economia de 8 a 12% em consumo de energia. Ao desdobrar o tema “TI verde”, usuários e empresas se tornam conscientes de que suas escolhas e a forma como encaram a adoção de equipamentos e tecnologias, trazem impactos ao meio ambiente. Percebem que esta consciência permite a eles assumir um caráter ativo, responsável. Isso possibilita um melhor uso dos recursos naturais e um menor impacto para o meio ambiente, ao mesmo tempo em que garanta o atendimento de suas demandas técnicas e operacionais.