Por Bruno Coelho
Qual o cenário no mundo empresarial moderno? Competitividade, foco em resultado e... inovação. Será que todas as empresas e pessoas envolvidas compartilham desse pensamento? E uma questão tão importante: Será que TODOS agem da mesma forma para alcançar os mesmos objetivos?
O que vemos hoje são empresas compostas dos mais diferentes perfis, com profissionais mais velhos atuando com novos, os clássicos SENIORES x JUNIORES. Conflito ou complemento? Prefiro encarar como ambos – conflito quando mal administrado e complemento quando bem.
Mas, que gerações e profissionais são esses? O que eles pensam e como atuam? Vejamos um resumo rápido:
BABY BOOMERS
São os nascidos logo após o término da II Guerra Mundial e, portanto, chegaram aos 60 anos (nascidos a partir da década de 40). Nessa época houve crescimento na taxa de natalidade nos Estados Unidos. Manteve-se a expressão para todo crescimento populacional semelhante, termo também conhecido no Brasil.
É uma geração guiada pelo foco, por serem metódicos e, em alguns casos, relutantes a mudança. Ocupam atualmente postos de maior responsabilidade nas empresas e se tornaram os maiores workaholics da história.
Geração X
Composta dos filhos dos Baby Boomers da Segunda Guerra Mundial. Os integrantes da Geração X têm sua data de nascimento, localizada, aproximadamente, entre os anos 1960 e 1979.
Primeira geração de maior preparo acadêmico e experiência internacional da história. Geração que inicia uma mudança de atitude, através do abandono da autoridade hierárquica em prol de estruturas mais horizontais e flexíveis.
Geração Y
Apesar de não haver um consenso a respeito do período desta geração, a maioria da literatura se refere à Geração Y como as pessoas nascida entre os anos 1980 e 2000. São, por isso, muitos deles, filhos da geração X e netos da Geração Baby Boomers.
Primeira geração a conviver com tecnologias da informação. São mais individualistas que as gerações anteriores, além de reivindicam autonomia de opinião e de ação, muitas vezes colocando visões pessoais acima das considerações de ordem profissional e social.
Geração Z
Formada por indivíduos altamente conectados com a tecnologia e consciência sustentável. A Geração Z não tem uma data definida. Pode ser integrante ou parte da Geração Y, já que a maioria dos autores posiciona o nascimento das pessoas da Geração Z entre 1990 e 2009.
Você certamente deve conhecer empresas que agrupam desde os baby boomers até os integrantes da Geração Y e, em casos mais raros, os integrantes da Geração XY ou Z. Neste cenário, creio que em 100% dos casos, os mais velhos são os líderes/chefes dos mais novos. Os MODUS OPERANDI são completamente distintos e, como já mencionei, é preciso ter capacidade apurada para transformar possíveis conflitos em complementos.
Imagine um BABY BOOMER ouvindo de um GERAÇÃO Y que ele precisa acessar o YOU TUBE para melhorar determinada ideia ou visitar blogs diversos para conseguir ideias. Isso, ao ouvidos do mais velho, soa como um estrondo! Uma leitura de mente rápida: “Esse menino está pensando o que? Eu sempre tive ideias e consegui resultados sem isso. Ele quer é passar o tempo”. Desse mesmo modo, o NÃO como resposta ao mais novo soa também muito mal. Está aqui apresentada de forma bem rústica uma clássica situação onde as diferenças são vistas como ruins.
Em um mundo corporativo como o nosso, os complementos são muito mais vantajosos. É preciso que os mais velhos pensem nisso e que os mais novos consigam transformar as inovações e novos preceitos em resultados para que, uma ideia considerada, digamos, muito viajante, se torne algo rentável. O objetivo não é mais vender e sim criar uma melhoria e, como consequência, ter sucesso.
As novas gerações precisam de liberdade e incentivo a usar suas capacidades para trazer os resultados que as velhas gerações não conseguem mais acompanhar. A orientação ao novo olhar do consumidor, pela ótica das novas gerações é um grande trunfo para as corporações que entendem e adequam isso as suas realidades.
As novas gerações vão, rapidamente, tornarem-se os líderes e peças chave nas empresas. É um caminho sem volta. É melhor as empresas se adequarem a nova ordem mundial. O STATUS QUO foi quebrado e você pode escolher um dos lados: Manter-se preso aos paradigmas do passado ou adequar-se ao futuro. Pense nisso e seja bem-vindo a um novo mundo: conectado, digital, inovador e sustentável.
*Bruno Coelho é Gerente de Marketing da AGIS, uma das principais distribuidoras de TI e Telecom do país.
bruno.coelho@agis.com.br
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