Tudo leva a crer que 2012 continuará sendo um ano de crescimento para o setor. Segundo previsões da IDC o mercado internacional de TI deverá crescer 7% em 2012 (contra os 6.9% registrados em 2011). Os tablets avançam a passos largos para se tornar o dispositivo corporativo padrão, quando o assunto é ler emails ou navegar na web. O volume de investimento em Cloud Computing deverá ser pelo menos quatro vezes maior do que aquele investido em tecnologias tradicionais e, em 2012, vamos assistir ao grande confronto dos sistemas operacionais voltados a mobilidade, com a Microsoft lançando oficialmente o Windows 8.
Esse contexto efervescente traz consigo enormes oportunidades e desafios para o setor de distribuição. A expectativa de crescimento do mercado nacional de TI para 2012 é de 10%. Se considerarmos os tradicionais movimentos de ajustes de preços das commodities e as oscilações do dólar americano, o volume físico de produtos que serão movimentados deverá ser substancialmente maior que o crescimento financeiro projetado. Isso posto, a demanda por logística em geral terá papel fundamental na estratégia dos distribuidores.
O próprio crescimento do negócio de tablets e a migração cada vez mais acentuada do público corporativo para Cloud Computing, impacta diretamente o negócio da distribuição: a mudança no fornecimento de produtos, do canal tradicional, para os novos canais focados nesses negócios, o varejo e os data centers. Vai exigir um novo posicionamento dos distribuidores, a busca por novos formatos e novas maneiras de se relacionar com novos clientes, até então atendidos diretamente pelos fabricantes.A cada novo ano se adicionam complexidades ao negócio da distribuição, da típica venda por atacado, dos anos 70/80, para um contexto fortemente baseado em prestação de serviços dos anos 2000.
2012 não será diferente. Cada vez mais os distribuidores deverão agregar serviços especializados em suas operações, serviços esses, que serão consumidos tanto pelos fabricantes quanto pelos clientes da distribuição, logística múltipla, logística reversa (especificamente no caso do descarte de resíduos sólidos), ferramentas sofisticadas de crédito, marketing segmentado e setorializado, programas de go-to-market, gestão de pipeline, para citar alguns.
Sempre lembrando que os distribuidores nacionais, além de atender as expectativas e demandas de seus fornecedores e clientes, no sentido de ofertar um leque cada vez mais amplo e sofisticado de serviços, como os mencionados no parágrafo anterior, terão de continuar lidando com as complexas questões fiscais e tributárias do mercado brasileiro. Espera-se que ao longo de 2012 a grande maioria dos estados da federação venha a adotar alguma modalidade de substituição tributária.
A estimativa da ABRADISTI é que o setor de distribuição produza receitas anuais superiores a R$ 13.5 bilhões em 2012. Definitivamente um ano de muitas expectativas, dentre elas a expansão dos investimentos do setor público, que alavanca o crescimento do setor privado, a necessidade do país continuar investindo em infraestrutura, em particular a de TI, e os investimentos internacionais mirando o Brasil como alternativa a anunciada estagnação dos mercados europeus.
Sem dúvida 2012 deverá significar mais um sólido passo do setor de distribuição no sentido de se firmar como um importante pilar da economia brasileira, gerando empregos de forma sustentável, pagando impostos, contribuindo para o crescimento do país e participando ativamente das grandes discussões nacionais.