quarta-feira, 29 de junho de 2011

Afinal, o que é criatividade e inovação?



Qual o primeiro pensamento que vem à sua mente quando se fala sobre criatividade e inovação? Muitos pensam em pessoas muito especiais, com talentos singulares, tais como Leonardo da Vinci, Einstein e Mozart. Certamente esses foram notáveis e célebres em suas áreas de atuação (artes plásticas, ciência e música) sendo lembrados como referência até os dias de hoje. Todavia, criatividade e inovação não se resumem somente em ideias extraordinárias que surgem como uma luz na cabeça de pessoas. Inovar é pré-requisito para sobrevivência em um mundo cada vez mais complexo e competitivo. Nos mundo dos negócios significa trazer valor para a empresa e ocupar mais espaço no mercado.

Em uma perspectiva mais abrangente podemos definir a criatividade como um processo mental de geração de novas ideias. Uma nova ideia pode ser um novo produto, novo método ou a solução de um problema já existente.

Ser criativo e inovador é ter a habilidade de gerar ideias originais (e úteis) que possam solucionar os problemas. É olhar para as mesmas coisas como todo mundo, mas ver e pensar algo diferente do que é o habitual.

O balão de ar quente foi inventado pelos irmãos Joseph e Etienne Montgolfier em 1783. A idéia teria ocorrido a Joseph ao ver a camisola de sua mulher levitar, depois que ela a colocou perto do forno para secar, dessa situação teria vindo a idéia de construir uma grande cobertura em forma de pera, de papel e seda, com uma abertura na base para ser inflado através da fumaça gerada pela palha queimada. Milhões de pessoas já tinham visto este fenômeno, mas somente os irmãos Montgolfier tiraram proveito prático desta observação. Eles viram muito mais do que uma camisola flutuando – isto é criatividade.

A criatividade e a inovação dentro das empresas são vistas como uma maneira para fazer mais com menos, de reduzir custos, de simplificar processos e sistemas, de aumentar lucratividade, de encontrar novos usos para produtos, de encontrar novos segmentos de mercado, de diferenciar o seu currículo, de desenvolver novos produtos, de reativar um cliente com uma abordagem diferente da habitual e muito mais.

Nem sempre a inovação é resultado da criação de algo novo, mas, muitas vezes, é o resultado da combinação original de coisas já existentes. A invenção do radar é uma combinação de elementos conhecidos: ondas de rádio, amplificadores e osciloscópios. Algumas importantes inovações consistem de novos usos para objetos e tecnologias existentes. Um bom exemplo é o uso da Internet pelos bancos, permitindo aos clientes o acesso direto aos serviços bancários. Outro exemplo: o uso do telefone celular para monitoramento de portadores de doenças cardíacas.

Na última década, vários neurocientistas já percorreram um longo caminho para descobrir como as ideias se formam na mente humana. Segundo William Duggan, professor da Columbia Business School, dos EUA, que escreveu o artigo “Como o AHA! realmente acontece” sobre como a inovação acontece em nosso cérebro, ele acredita que a criatividade e as novas ideias estão ligadas ao que chamam de “memória inteligente” que é o arquivo de todas as informações e experiências vivenciadas por cada pessoa. Quando uma nova informação chega, o cérebro recupera nesse arquivo tudo o que existe de correlato à nova ideia e faz uma combinação a que chamamos de “intuição”.
Quando a nova informação combinada com o que já existe cria um novo padrão, temos o famoso “Aha!” ou a inovação ou criação. Assim, quanto mais você estudar, ler, experimentar, se envolver mais informações terá em seu cérebro e maior a chance de ser inovador. Essa é a grande novidade!

Podemos chegar a conclusão de que a informação é essencial para a criatividade. Quanto mais você participar, se envolver, estudar, ler, conhecer sobre o seu negócio ou profissão, maior a chance de ser inovador e criativo. Criativo e inovador não é aquele que fica parado, ocioso, só na espera de uma ideia brilhante surgir como em um passe de mágica, mas sim ser participativo, estudar e se comprometer com aquilo que se faz.

A edição 33 da SIGA fala sobre este tema. Aguarde até julho e boa leitura.